quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Matéria do Diário de Natal (provavelmente 1996)

"América brilha sempre em competições nacionais"

A síndrome da "onda vermelha" que acabou contaminando, indistitamente, os torcedores norteriograndense após a dramática qualificação e consequentemente inclusão do América entre os 24 clubes que formam a elite do futebol brasileiro, foi objeto de uma matéria publicada na sessão de esportes de O Poti, ressaltando, ainda, sua importância para próprio futebol potiguar a partir de 1997, quando estará na vitrine futebolistica do país.

O América iniciou sua participação no campeonato da segundona desacreditado, afinal não dispunha de um plantel com peças de reposição suficientes para difícil jornada. No decorrer da competição, com os resultados favoráveis, foi o América conquistando a confiança da sua torcida na difícil escalada rumo a classificação. Após cumprir 18 jogos, e despachado da disputa pela valorosos adversários, conseguiu, dentro do campo de jogo, sem cortezia de qualquer espécie da CBF, entrar pela porta da frente do fechado clube dos melhores do Brasil.

Como consequência dessa façanha, inédita na história quase centenária de nosso futebol, o América conquistou ainda número considerável de novos adpetos, particulamente na classe jovem que preferia assistir na TV os jogos de seus times favoritos de outros centros, e que mudará seus hábitos a partir dos jogos decisivos dos rubros no Machadão, como mostram os números da competição, inclusive superando os números do União São João, quanto a presença de torcedores e arrecadações. Público pagante: América 70.207, União 50.808. Arrecadação: América R$ 418.757,80 - média R$ 23.264,32 - União R$ 317.443,00 - média R$ 17.635,72. Muitos torcedores, entretando desconhecem os antecedentes da presença do clube rubro nos campeonatos brasileiros.

Criado em 1971 para substituir o Torneio de Roberto Gomes Pedroza e a Taça Brasil regionalizada, o campeonato brasileiro de clubes transformou-se na atração maior do país. O Estado, representado pelo ABC, estreou ano seguinte mas foi punido com suspensão pela CBD, por ter lançado contra o Botafogo um jogador não regularizado, apesar de ter o aval da FND então presidida por João Machado, um leitor fiel de joão Havelange nos pleitos da CBD, que ignorou o fato mantendo a penalidade.

Em 73, convidou o América para substituir o alvinegro. O rubro natalense não desperdiçou a chance de estar entre os maiores clubes, e passou a fazer vultosas contratações, algumas foram da realidade financeira então vivida pelo futebol local, trazendo o gaúcho Luiz Carlos Scala, do Internacional e da seleção e Sebastião Leônidas, ex-zagueiro do escrete nacional e à época assistente técnico do Botafogo, para treinador da equipe dos difícies compromissos que teria pela frente. O elenco apesar de heterogêneo e formado as pressas, surpreendeu a torcida potiguar ao ganhar a Taça Almir, oferecida pela revista Placar à CBD para ser entregue a equipe com melhor índice de aproveitamento técnico no Norte/Nordeste. Disputaram com o América o valioso troféu, os principais clubes do Norte/Nordeste do Brasil. Naquela temporada o América disputou 28 jogos com um bom plantel. Naquela temporada os empates com o Grêmio Portoalegrense e C.R. Vasco da Gama, e vitória (2 x 1) sobre o Atlético Mineiro, campeão brasileiro de 71, com o Castelão lotado, sem esquecer a goleada imposta ao campeão alagoano, em Maceió.


"Grande campanha de 1974" por Procópio Neto

Os bons resultados da temporada 73 credenciaram o América para representar o Estado no campeonato 74, quando disputou 19 jogos e conseguio expressivas vitórias sobre o Fluminense e Botafogo em Natal, sobre o Coritiba FC no estádio Belford Duarte, da capital paranaense, onde até então jamais havia pisado uma equipe norteriograndense.

Derrotou ainda o time do Olaria, no estádio São Januário, perdendo em Natal, perante 45mil torcedores, um jogo contra o Vasco da Gama por 3 x 2. A equipe cruzmaltina foi inclusive campeã brasileira daquela ano.

Essa derrota foi devolvida em 1975, quando o América bateu o Vasco por 1 x 0 em pleno estádio São Januário. Naquela temporada derrotou, de virada, no estádio Godofredo Cruz, em Campos a equipe do Americano por 3 x 1. Teve ainda empates com sabor de vitória no estádio Brinco de Ouro, em campinas, diante do Guarani. Em Natal, o S.C. Internacional, de Porto Alegre, que se tornaria o campeão de 75, não conseguir dobrar o América, que também derrotou o Clube do Remo, pela segunda vez, confirmando o triunfo de Belém.

Quando a CBD divulgou o rancking dos 114 clubes que disputaram que disputaram o Nacional nos dez anos (73-83), o América ficou em 29º lugar com 141 pontos positivos, a frente do Nacional, Rio Negro, Paisandú, CRB, CSA, Bangu, Botafogo de Ribeirão Preto, Americano, Uberaba, Tiradentes, Caxias, Comercial e Mixto do Mato Grosso, Joinvile, Figueirense, Londrina, Maringá e Colorado do Paraná. Naquele rancking constam as pontuações do ABC e Potiguar de Mossoró.

No balanço final da participação rubra de 73 até a conquista do vice-campeonato brasileiro da II Divisão em 96, o América disputou 319 jogos, 182 deles em Natal e 137 fora de casa.

Conseguiu ao longe desses 24 anos de disputas, 97 vitórias, 86 empates e perdendo 136 jogos, assinalando 344 gols e sofrendo 439. Naquele período o América enfrentou 83 clubes, de norte a sul do Brasil.

fonte: recorte de jornal do Diário de Natal, quem tiver mais informações, pode mandar um e-mail.

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